A proposta da equipe liderada por Tomás Lier + Monoblock se estrutura a partir da quadra e da trama existentes com a certeza de que por sua flexibilidade, delas resulta a quase totalidade da cidade. Compreendendo o valor e a versatilidade tipológica da quadra tradicional na configuração da cidade existente, propõe-se uma nova trama que se acopla à existente.
Mais imagens e o memorial do autor a seguir.
A nova trama busca uma nova frente urbana e uma nova conectividade em uma área consolidada, uma vez que repensa a configuração das ruas e calçadas, propondo espaços de circulação pública de pedestres separados do leito carroçável e em relação direta com uma unidade de espaço público maior, uma relação entre espaços públicos e privados que não se repete na cidade.
Desta perspectiva de nova trama entende-se uma hiperconectividade onde antes somente havia uma barreira. Uma travessia veicular é implantada em cada rua que chega ou cruza com a área de manobra da ferrovia, maximizando as possibilidades de vincular duas frentes urbanas que se encontram divorciadas. Nesse sentido, as ruas que cruzam transversalmente o terreno definem setores relacionados a cada nova quadra, o que sem dúvida é o que permite que o carro como meio de transporte não componha um vazio urbano. A proposta considera que ao evitar o automóvel em toda a área que corresponde ao vazio urbano longitudinal, cria-se uma série de microcosmos pedestres nos espaços públicos. E o que a primeira vista pode parecer que secciona o terreno, define uma unidade inédita e única quanto às circulações exclusivas de pedestres ao longo de todo o terreno. Por fim, esta hiperconectividade transversal não será afetada pela elevação ou não das vias, entendendo que essa particularidade garanta que as vinculações se sustentem com o passar do tempo.
A partir da primeira decisão sobre a trama e as ruas, e ao assumir a quadra como tipologia estruturadora da cidade, surge a possibilidade e a necessidade de repensar dita tipologia em favor de uma nova estrutura urbana.
A tipologia permite por um lado completar as quadras que ficaram seccionadas pela ferrovia e a construção de novas unidades urbanas como as duas quadras propostas em frente ao parque e à rua Godoy Cruz. Implantação e estratégia tipológica definem uma nova frente urbana às vias em relação a um grande vazio urbano de 800m, propondo uma série de parques y praças temáticas.
Concurso
Playa Ferroviaria de Palermo / Praia Ferroviária de PalermoPremio
Terceiro LugarArquitetos
Tomás Lier + Monoblock.Localização
Palermo, Buenos Aires, ArgentinaEquipe
Arq. Amadeo Marcos, Arq. Adrián Russo, Arq. Juan Granara, Arq. Fernando Cynowiec, Arq. Alexis Schachter, Arq. Ornella Casartelli, Marco Laguzzi, Laura Zink, Salazar Nastaji, Nicolás Moreno, Sara Cherrier e Cecil Demili.Ano Projeto
2013Fotografias
Cortesia de Tomás Lier + Monoblock